quinta-feira, 17 de abril de 2014

POR QUE O PDT DE MARAU SANGRA?



Ao começar a escrever este texto, falando sobre tudo que vi, li e ouvi nestes últimos dias sobre a política local, mas especialmente do Partido Democrático Trabalhista, não tinha ainda um título. Então resolvi colocar esse, afinal de longa data já, não só agora os componentes, filiados ou não, têm por costume antes ou depois de fatos, reuniões e decisões, cada um a seu olhar crítico e muitas vezes de acordo com o seu interesse, tecer os seus comentários nas redes sociais como o Facebook e Twiitter, onde identificam-se ou então no já famoso Mural de recados de uma emissora local de rádio, onde podem fazê-lo anonimamente. Me detenho muito mais a esta última opção que por ser anônima e livre, apenas sofrendo a natural e necessária moderação por parte dos responsáveis, costumam fazer críticas, defesas, lembranças e relembranças de fatos e ações partidárias. 
Alguns falam que isso acontece porque o partido é democrático até nestes quesitos. Já outros costumam dizer que os assuntos da sigla devem ser discutidos, debatidos e decididos mais reservadamente, ficando no âmbito do partido, afim de não expor-se demais aos adversários e interessados. Há também aqueles que vêm ao longo do tempo buscando conciliar as coisas e filiados, equilibrando de forma benéfica as ações partidárias. 
Embasado nestes fatores, ouso dizer que o partido tem em suas fileiras, divergentes interesses, alavancados cada um deles pelos líderes dessas mesmas alas. 
Vejamos então, os chamados Brizolistas são os tradicionais de esquerda, de posições firmes em defesa das bandeiras originais do trabalhismo, da educação, do nacionalismo e da sigla. Buscam sempre o crescimento do partido e a implementação de políticas públicas visando uma valorização e crescimento da sociedade mais igualitariamente e com justiça social.  
Já a turma dos Pedetistas, não segue com muito afinco a tradição do partido, são mais adesistas, mais do tipo cereja do bolo, que se intitulam os melhores, os salvadores da Pátria e que o partido deve caminhar com eles, pois a sigla depende deles, são os imprescindíveis. Esses buscam o poder pelo poder bem mais do que de fato para a aplicação do que reza a cartilha do trabalhismo. Eles hoje estão no comando do partido tanto a nível federal, estadual e na maioria dos municípios. 
Aqui em Marau, também é esse o grupo que dirige o partido, elegeu o Vice Prefeito e tem vários componentes no governo cuja coligação ajudou a compor e aprovar na avaliação popular. Por certo que reagirão dizendo que não, mas vejam só o teor de todos os comentários que comandam no “mural” e as práticas de indicações de ocupantes e postulantes de cargos no governo local, que nesta semana chegaram ao cúmulo de cargos de confiança do partido, indicados e nomeados sem a menor ligação, pois nem filiados eram antes do cargo, chegarem  a falar aos quatro ventos que “eu nem sei quem foi esse Brizola, to aqui pelo meu salário no fim do mês”. Se brincar daqui a pouco nem sabem qual é o partido que assinaram a ficha para galgar a função e o salário como falaram. Urge que se aprenda que a função pública é nobre, que pode ser política sim, mas deve ser cumprida com competência e responsabilidade sempre.  
Difícil é entender porque um partido que tem em suas fileiras profissionais do direito, das ciências exatas, das ciências humanas, de TI, da área da saúde e odontologia, bem como muitos da área administrativa, tenha colocado a bandeira na testa de pessoas alheias as funções que ocupam e também as tradições de um partido capaz, sério e comprometido com as causas sociais.  Que no menor indício de desacerto ou perda de benefício de seus interesses, lá se vão aos microfones e teclados, despejar as suas insatisfações e desavenças com atos da administração.
É por estas e muitas outras situações ainda obscuras e que poderão vir a tona, já que o que se viu parece ser só a ponta do iceberg que O PDT de Marau Sangra.  


Jair Lombardi
Gestor Público
Corretor de Seguros 

terça-feira, 18 de março de 2014

A HUMILDADE E O DIÁLOGO DEVEM ANDAR JUNTOS SEMPRE.

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Venho ao longo dos últimos dois meses, acompanhando os encontros, assembleias, passeatas que culminam na presença maciça de servidores municipais nas sessões do nosso poder Legislativo. Percebe-se claramente uma insatisfação muito grande do quadro de servidores, principalmente pela forma como vem sendo conduzida a situação por parte do poder Executivo de nossa cidade. E, ai reside a minha maior preocupação, pois como um brizolista que de longa data venho acompanhando e seguindo as ideias e ideais do trabalhismo, não me parece vislumbrar que tendo como vice prefeito um filiado do PDT; partido este que sempre primou pela defesa dos direitos dos trabalhadores, sendo até a sigla que possui o Ministério do Trabalho sob a sua batuta. Que tem como bandeiras históricas a Educação e o Trabalhismo, não conte com diálogo permanente entre o patrão e o empregado, vejo que vem talvez faltando aquela humildade e a pré disposição para ouvir, ponderar, até transigir sim, mas buscar sempre gastar muita saliva e conciliar as questões. A função de vice é por natureza muito mais institucional do que de fato de execução. Cabe ao vice fazer as tarefas de ouvir, receber, dialogar e encaminhar assuntos da administração ao prefeito, fazendo o já famoso feedback, enquanto o prefeito que é quem tem que fazer a execução, fique até um tanto quanto mais liberado. Ora nessa questão do impasse salarial também bem que poderia ser conduzido desta forma, o vice puxando a frente sem nunca fechar portas, por mais que as arestas possam vir a ser muitas. Se os números oferecidos e também pleiteados pelas partes, vistos pelo viés do executivo, estejam longe de serem alcançados, tudo bem se entende até, o que não se compreende é não sentar humildemente e conversar, deixar acontecer cada vez mais um desgaste desnecessário e que em nada ajuda a uma administração pública que vem tendo dificuldades em cumprir com suas atribuições e que foram prometidas com muitas melhorias. Nesta hora em que se necessita do quadro de servidores ao lado, pegando junto e dando suporte para as ações executivas, vejo que se perde a cada dia até mesmo a confiança do servidor nos seus comandantes. Ora gente tem muito tempo de convívio administrativo diário ainda pela frente, melhor buscar que ele seja cordial, de boas relações, principalmente de relação de confiança mútua, senão a cabresto a coisa não vai e pode piorar muito. Neste momento a nós cidadãos marauenses, cabe nos conclamar  para ambos os lados que busquem levar a termo o que diz o título desta nossa humilde postagem que  A HUMILDADE E O DIÁLOGO ANDEM JUNTOS SEMPRE!




Jair Lombardi

Ex-Secretario Municipal
Desenvolvimento Social  
Brizolista de Cruz na Testa